Piracicaba, Limeira e Santa Bárbara têm 502 casamentos homoafetivos uma década após conquista do direito pela população LGBTQIA+

Levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-SP) mostra o número de uniões realizadas em cartórios das três cidades desde 2013. Direito LGBTQIA+: região de Campinas tem 2,1 mil casamentos em dez anos
Uma das conquistas mais importantes no campo dos direitos civis da população LGBTQIA+, a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo completou uma década no Brasil. O país passou a reconhecer a união estável homoafetiva em 2011, mas foi em 2013 que uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou a união civil em todos os cartórios.
De lá para cá, 502 casais realizaram casamentos homoafetivos nas cidades de Piracicaba (SP), Limeira (SP) e Santa Bárbara d’Oeste (SP), na área de cobertura do g1 Piracicaba. Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-SP).
Piracicaba é quem registrou a maior parcela dessas uniões, com 239, seguida por Limeira (162).
Casamentos homoafetivos
“Poder casar, poder estar junto e demostrar afeto vai ser cada vez mais natural. Isso é superimportante, é a maior conquista da minha vida e espero que seja a de outros casais também”, destaca Sandra Lopes, de 56 anos.
Fotógrafa, ela é casada há dez anos com a pedagoga Natasha Diaz.
Sandra Lopes e Natasha Diaz se casaram em 21 de março de 2013, no primeiro casamento coletivo de Campinas (SP)
Arquivo pessoal/Sandra Lopes
Uma década
Uniões homoafetivas foram registradas no Brasil antes mesmo de 2013, a diferença é que até 2011 os cartórios pediam uma autorização judicial para fazer o registro – o que nem sempre era concedido.
A questão começou a mudar após o Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011, igualar as uniões estáveis homoafetivas às heteroafetivas.
O marco para a comunidade LGBTQIA+, no entanto, veio com a resolução 175 do CNJ, de 2013, que autorizou o casamento civil em todos os cartórios do Brasil.
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