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O cenário político nacional pode sofrer uma grande transformação em 2025 com a possível incorporação do PSDB ao PSD. A movimentação é amplamente discutida por analistas políticos e deve ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano. Entre os principais articuladores, o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, é contra e busca alternativas, como o MDB, que é um partido de direita, enquanto o PSD é de centro-direita. Com a fusão, o partido de Gilberto Kassab chegaria a ter mais de 1,1 mil prefeituras em todo o país. Atualmente são 874. O PSDB tem 273.
Se a fusão entre PSDB e PSD for concretizada, figuras de peso da política local de Piracicaba, como Barjas Negri e o atual prefeito Helinho Zanatta, podem compartilhar a mesma legenda. Barjas, um dos fundadores do PSDB, enfrenta um dilema: seguir para o PSD ou buscar outra sigla, como o MDB. Vereadores com mandato vigente terão um prazo para decidir se trocarão – sem penalidade – de partido, caso a incorporação seja oficializada para a Justiça Eleitoral.
Nos bastidores, o movimento pode provocar tensões futuras. Fontes políticas locais indicam que Barjas tem a intenção de se candidatar a deputado estadual nas próximas eleições, com um plano estratégico voltado para disputar a Prefeitura de Piracicaba em 2028. Caso permaneça no PSD, esse cenário coloca Barjas, Alex Madureira (PL), e Zanatta, atual prefeito e filiado ao partido, em rota de colisão. Madureira deve receber apoio para se reeleger de Zanatta.
Declínio tucano
A possível incorporação do PSDB ao PSD reflete o declínio do partido, desde que perdeu a presidência do Brasil, para Lula, em 2003. A crise foi agravada nos últimos anos com a morte de Bruno Covas, prefeito de São Paulo, para um câncer, e o governo do Estado, com a renúncia de João Dória, que queria disputar para presidente. Ele deixou o partido no ano seguinte.
O golpe fatal ao PSDB foi na última eleição municipal, quando perdeu cerca de 60% das prefeituras que comandava em todo o país.