Entre janeiro e junho deste ano, metrópole contabilizou 1.081 infecções; nº é 46,8% de todos os registros de 2022. Frio pode aumentar incidência de doenças desse tipo, alerta epidemiologista. Teste para Covid-19
Divulgação/Secom
A Secretaria de Saúde de Piracicaba (SP) registrou, entre janeiro e junho deste ano, média de 180 casos por mês de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Isso porque, segundo balanço realizado pela pasta a pedido do g1, a cidade contabiliza ao todo 1.081 infecções em 2023.
O total deste ano representa 46,8% de todos os registros do ano passado, quando 2.309 pessoas contraíram alguma síndrome respiratória grave, incluindo Covid-19. Já em 2021, foram 2.011 registros. Veja a evolução no gráfico abaixo:
Riscos no frio
Ao g1, o epidemiologista André Ribas alertou para o risco de aumento das doenças respiratórias durante esta época mais fria do ano.
“Primeiro que as pessoas ficam em ambientes mais fechados por mais tempo. A outra é que ficam mais aglomeradas, com janelas fechadas, por causa do frio. Isso favorece a transmissão de doenças respiratórias.”
O especialista também destacou como as características dos vírus respiratórios se adaptam bem às condições mais frias e secas.
“Tanto o frio quanto a baixa umidade favorecem a viabilidade do vírus no meio ambiente. […] O ressecamento rápido das gotículas respiratórias favorece a manutenção do vírus em suspensão no ar por mais tempo. Isso já é bem estudado no caso da influenza e, provavelmente, esses mesmos fenômenos, devem ocorrer com outros vírus respiratórios, incluindo Covid.”
Vacinação é arma
Para conter esse possível aumento, Ribas reforça a importância da vacinação, principalmente contra a gripe e Covid-19. No caso da aplicação contra a gripe, os índices baixos levaram Piracicaba a prorrogar a campanha até 30 de junho.
Na atualização mais recente, há uma semana, os grupos prioritários estavam com 35% de cobertura, com 40.122 doses aplicadas. Outras 15.771 pessoas de fora dos grupos prioritários também receberam a vacina.
Apesar de as doenças causadas pelo coronavírus e o vírus influenza serem mais conhecidos, o epidemiologista destaca o vírus sincicial respiratório (VSR), que tem taxa de transmissão considerada importante e ainda não pode ser combatido com vacina.
“A vacinação é muito importante para aumentar a proteção, tanto do ponto de vista individual quanto do ponto de vista coletivo. Não existe vacinação contra o vírus sincicial respiratório, que é um outro vírus muito importante. Mas, para alguns grupos de maior risco, existe a disponibilidade de anticorpos monoclonais distribuídos pelo SUS”, explicou.
Vacinação contra a gripe
Divulgação / Ascom PMP
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