Impacto da medida do governo federal, que passou a valer nesta sexta-feira (16), não será imediato e total nos postos da região de Piracicaba (SP), segundo diretor da Regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Recap), Augusto César Mafia. Bomba de gasolina em posto de combustíveis
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Após novo anúncio de redução do preço da gasolina em 4,3% às distribuidoras, feito pela Petrobrás, o litro do combustível passará custar R$ 2,6575. O impacto da medida, que passou a valer a partir desta sexta-feira (16), no entanto, não será imediato e total nos postos da região de Piracicaba (SP), de acordo com diretor da Regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Recap), Augusto César Mafia.
“A redução para os consumidores, na região de Piracicaba, deve atingir cerca de R$ 0,10. Alguns postos da região já até receberam esse abatimento, mas o valor deverá chegar às bombas gradualmente. Conforme os postos vão recebendo o produto com o custo novo, isso deverá ser repassado ao consumidor”, explicou.
Os demais combustíveis não tiveram alteração de preços. A última redução da gasolina foi anunciada pela Petrobras no dia 16 de maio, junto com um corte no custo do diesel e do gás de cozinha. Veja, mais, abaixo. Com os novos valores, a gasolina está no menor preço desde junho de 2021.
Mafia explica que redução de R$ 0,13 anunciada pela Petrobrás não tem um impacto total no preço final do combustível vendido nos postos aos consumidores. “Acredito que no meio desta semana, os postos já estarão com estoque novo”, estimou.
A expectativa é a de que o preço comece a baixar a partir do momento em que os postos venderem o estoque mais antigo, comprado a valores mais altos, e passem a repor o produto adquirido, agora, por preços mais baixos.
O diretor da Recap também faz um alerta aos consumidor, deve ficar atento aos preços. “Quando há um anúncio de preço baixo é muito agressivo, pode não gerar a economia que o consumidor está buscando. Falar em preço, hoje, significa também falar em qualidade”, acrescentou.
Em maio
A primeira preço médio do litro da gasolina caiu R$ 0,21 em Piracicaba (SP) depois do anúncio da redução de preço do combustível para as distribuidoras pela Petrobras. Já o valor médio do etanol apresentou queda de R$ 0,27 no período, o que é relacionado pelo sindicato do setor varejista a um excesso de oferta no mercado.
O cálculo foi realizado pelo g1 com base na comparação das pesquisas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) da semanas entre 7 e 13 de maio, que antecedeu o anúncio de queda dos preços nas refinarias, e da última semana, entre 21 e 27 de maio.
O preço médio da gasolina na última semana era de R$ 5,04. O menor preço encontrado na pesquisa com 17 postos da cidade foi de R$ 4,88. Já o etanol apresentou preço médio de R$ 3,65, mas o menor preço encontrado foi de R$ 3,45.
Preços do litro da gasolina em Piracicaba
Diretor da regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Recap), Augusto César Mafia afirma que essa queda recente nos valores dos combustíveis ainda é reflexo da política de preços anterior, antes do governo federal anunciar o fim da paridade de preço de importação (PPI).
“Tivemos uma queda importante do barril de petróleo e uma queda do dólar e estava se seguindo ainda aquela paridade internacional. A partir dos próximos movimentos é que vai ser utilizada essa nova política da Petrobras”, explica.
Preços do litro de etanol em Piracicaba
Em relação ao etanol, ele afirma que a queda que tem ocorrido se deve a outro fator. “O único produto que ainda está caindo consideravelmente é o etanol, mas por conta de um excesso de oferta, então isso também não está ligado ao preço da gasolina”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante audiência em comissão da Câmara
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Haddad indica possível compensação
Duas rodadas de aumento na tributação sobre combustíveis estão previstas para os próximos meses, o que pode impactar os preços ao consumidor — pressionando-os para cima.
Porém, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que a Petrobras, estatal controlada pela União, pode agir para impedir ou, pelo menos, atenuar altas nos preços em razão da elevação de impostos.
Para isso, a empresa teria de baixar os preços dos combustíveis na bomba quando os aumentos de tributos começarem a valer – o que já foi feito anteriormente, em fevereiro deste ano (quando houve aumento de impostos federais).
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