Segundo a prefeitura, empresa contratada não entregou caçambas e caso foi encaminhado para providências jurídicas; licitação de videomonitoramento está prevista para o 2º semestre. Ecoponto Jardim Oriente, em Piracicaba
Divulgação/ Prefeitura de Piracicaba
Anunciada em dezembro de 2021, a instalação de câmeras e sistema de caçambas em ecopontos de Piracicaba (SP) ainda não ocorreu. As ações integram o projeto Ecopira, que também inclui a readequações da iluminação destes locais.
O projeto foi foi anunciado como uma das principais ações de planejamento estratégico da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) – hoje denominada Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap) -, com previsão de custo de R$ 1 milhão.
A intenção com as medidas é tanto evitar vandalismo, descarte irregular e incêndios nestes locais quanto facilitar o descarte e recolhimento dos resíduos.
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No caso da iluminação, houve a readequação prevista em todos estes espaços na cidade (Jardim Oriente, Santo Antônio, Mário Dedini I e II, Monte Rey, Bosques do Lenheiro e Artemis), comunicou a administração.
Para todos os ecopontos também estava prevista a instalação do videomonitoramento. No entanto, por meio da Lei de Acesso à Informação, a Simap informou ao g1 que não houve implantação do sistema “devido à falta de suporte de T.I. (tecnologia da informação)”. A reportagem questionou a administração a respeito de mais detalhes desse serviço que falta, mas não houve retorno em relação a essa questão.
“Sobre a instalação das câmeras, a previsão é de que o edital de licitação para projeto de monitoramento integrado, que vai contemplar os ecopontos, será aberto no segundo semestre de 2023”, acrescentou o governo municipal.
Sistema de caçambas
Também na ocasião do anúncio do Ecopira, em dezembro de 2021, a prefeitura anunciou a construção de platôs, para facilitar o acesso para descarga de resíduos pesados, e aquisição de caçambas de 39 metros cúbicos (m³). Esse sistema foi anunciado para os ecopontos do Jardim Oriente e Santo Antônio.
Hoje, os resíduos sólidos são depositados nos ecopontos em pilhas, direto no solo, onde permanecem até recolhimento e transporte para área de disposição final.
“Com a implantação do novo modelo de gestão, a logística do processo ficará mais ágil, já que o usuário deposita seus resíduos diretamente em caçambas do sistema roll on. Quando cheias, o conteúdo é removido num caminhão com sistema hidráulico, específico para este tipo de transporte, até o destino final”, explicou, à época, o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Alex Gama Salvaia.
Sobre esse sistema, a Simap apontou que a construção do muro de arrimo do platô está sendo executada nos dois ecopontos. No entanto, as caçambas que serão utilizadas nos ecopontos não foram entregues pela empresa vencedora da licitação e o processo foi encaminhado ao departamento jurídico da prefeitura para adoção de providências.
“No caso da entrega das caçambas, a pasta notificou a empresa hoje, 03/05, abrindo vistas dos autos, e concedendo prazo de cinco dias úteis para apresentação de defesa prévia”, completou.
ARQUIVO: Ecoponto no Jardim Oriente, em Piracicaba, em abril de 2021
Divulgação/ Prefeitura de Piracicaba
Contrato para gestão de resíduos
Na última quinta-feira (27), a Prefeitura de Piracicaba firmou um contrato com dispensa de licitação para gestão de resíduos de ecopontos, com prazo de 180 dias e custo de R$ 5,5 milhões.
Segundo a prefeitura, a Amplitec Gestão Ambiental vai ser responsável pela prestação de serviço de coleta, transporte, triagem, tratamento e disposição final de materiais provenientes do Setor de Resíduos e dos sete ecopontos.
A Simap informou que está desenvolvendo um processo de licitação para contratação da empresa que vai prestar o serviço de forma definitiva.
“O processo de contratação [da Amplitec] obedeceu o Estatuto das Licitações, levando em conta a proposta de menor valor, compatível com os valores praticados no mercado”, justificou.
Segundo a prefeitura, os sete ecopontos geram, em média, 4 mil toneladas por mês, que são gerenciadas e encaminhadas para o Setor de Resíduos. Os materiais recebidos nesses locais são resíduos de construção civil, restos de jardinagem (podas e cortes de árvores) e madeira (exceto móveis).
Lotação e incêndios
Os ecopontos de Piracicaba já foram alvo de reclamações de moradores várias vezes por lotação. A unidade que fica no Jardim Oriente chegou a ser incendiada pelo menos quatro vezes.
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Em maio de 2021, a Prefeitura de Piracicaba divulgou que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) proibiu o recebimento de resíduos sólidos na Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Palmeiras – Ecoparque.
De acordo com a administração municipal, o órgão expediu documento apontando que a CTR não possuía “áreas suficientes, em condições ambientalmente adequadas para o armazenamento desses resíduos”.
Pouco depois, o g1 mostrou a lotação em ecopontos e reclamações de moradores sobre a situação.
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Anunciados há 1 ano e 5 meses, câmeras e sistema de caçambas em ecopontos de Piracicaba seguem sem implantação
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