Prefeitura contrata novo laudo geológico da Pedreira do Bongue para avaliar risco de deslizamento


Uma pedra de cerca de dois metros caiu do topo da Pedreira do Bongue na região do Jupiá no fim de dezembro de 2023, o que fez com que uma faixa da via ficasse interditada. Prefeitura de Piracicaba fará nova análise da pedreira do Bongue
CCS/Prefeitura de Piracicaba
A Secretaria de Obras e Zeladoria (Semozel) de Piracicaba (SP) afirmou, nesta quarta-feira (13), que fará nova análise na Pedreira do Bongue, na região do Jupiá. No fim de dezembro de 2023, uma pedra de dois metros de diâmetro se despreendeu e caiu na região. O estudo, segundo a administração municipal, objetiva identificar se há riscos de novos deslocamentos.
A empresa contratada para realização do laudo geológico é a Geocor Consultoria e Projetos Ltda. O serviço custará R$ 18.480,00 e o prazo para entrega do documento é de até 30 dias após a assinatura do contrato.
A Semozel e Defesa Civil, segundo a prefeitura, seguirão monitorando a pedreira. Conforme a administração, caso sejam detectados novos pontos críticos, serão intervenções necessárias.
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De acordo com o titular da Secretaria de Obras e Zeladoria, Marcio Marino, explicou que, em dezembro do ano passado, o deslocamento da rocha ocorreu porque o bloco de pedra estava apoiado em uma camada de solo frágil.
“O bloco não atingiu a avenida Jaime Pereira. Porém, ao deslizar, foi contido pelo alambrado existente, o que a impediu de atingir a avenida. Agora faremos uma nova análise neste local, para avaliar se há riscos de novos escorregamentos e, assim determinar a necessidade ou não de mais intervenções”, disse o secretário.
Secretaria de Obras e Zeladoria vai solicitar novo laudo técnico de avaliação da Pedreira do Bongue em Piracicaba
Prefeitura de Piracicaba/CCS
Janeiro
No dia 18 de janeiro deste ano, a prefeitura solicitou um outro laudo técnico da situação geológica da Pedreira do Bongue. Na ocasião, o objetivo do pedido de novo laudo, segundo a administração municipal era levantar todas as informações necessárias. “Equiparando os laudos, para compreender se há mais blocos em situação de risco que necessitem de intervenção”, acrescentou a prefeitura.
A Secretaria Obras e Zeladoria (Semozel) afirmou ainda que segue com a limpeza e desobstrução na base da pedreira, bem como ações de local para prevenção de novos deslizamentos de rocha e segurança da população.
“A desobstrução na base da pedreira visa retirar o material acumulado e abrir espaço para evitar que fragmentos cheguem à avenida”, observa.
Intervenções

No ano passado, diversas intervenções foram realizadas na pedreira do Bongue, incluindo tombamento de rochas já condenadas, corte de árvores no topo, melhorias no sistema de drenagem no alto da pedreira e limpeza de área próxima à avenida, para retirar os fragmentos de rocha que já se desagregaram da pedreira.
Em 2022, a Prefeitura executou a ampliação e o reforço das barreiras de contenção da pedreira do Bongue, na avenida Jaime Pereira. O anteparo metálico foi refeito, telas trocadas e mais 250 metros de barreiras adicionadas.
Análise técnica
No dia 28 de dezembro de 2023, a Prefeitura de Piracicaba (SP) anunciou que faria uma análise técnica para identificar riscos na pedreira do Bongue, na Avenida Jaime Pereira. A medida ocorreu após uma pedra de dois metros de diâmetro se desprender e cair durante a madrugada.
Devido ao incidente, a via tem uma faixa interditada desde a manhã e não há previsão de liberação. O trânsito de veículos ocorre normalmente por três faixas.
Além da análise técnica, a administração começou um serviço emergencial de limpeza e desobstrução na base da pedreira. A rocha que caiu ficou retida na defensa metálica que está instalada no local.
Alguns pedaços menores chegaram a cair no asfalto, mas ninguém se feriu. Segundo a Defesa Civil, durante obras feitas em 2023, foi deixado um espaço extra, quase como uma faixa de estrada, e a pedra não chegou a atingir o asfalto por conta disso.
A Secretaria Municipal de Obras e Zeladoria (Semozel) vai ser a responsável por essa análise técnica para analisar se há novos pontos críticos na pedreira. A Defesa Civil também permanece monitorando a situação no local.
“A rocha que se desagregou do talude estava apoiada em uma camada de solo frágil. Entretanto, ao deslizar, foi contida pelo alambrado existente, o que a impediu de atingir a avenida. Por isso, iniciamos os serviços de retirada dos cascalhos na base da pedreira, como precaução. Esse trabalho seguirá pelos próximos dias, mas também faremos uma nova análise dos pontos que podem estar em situação crítica e, se necessário, faremos a derrubada”, explicou o titular da Semozel, Marcio Marino.
Pedra caiu na Estrada do Bongue em Piracicaba
Edijan Del Santo/EPTV
Alambrado
Em nota, a prefeitura informou que no início do ano foram feitas intervenções na pedreira, incluindo tombamento de rochas condenadas, corte de árvores do tipo, melhorias no sistema de drenagem no alto da pedreira, e limpeza de área próxima à avenida, para retirar os fragmentos de rocha.
A reportagem questionou sobre um alambrado de seis metros de altura, que estava previsto para ser instalado no local desde janeiro, mas não foi. A administração respondeu que após o término das outras intervenções, o geólogo responsável avaliou a situação e indicou que os riscos foram reduzidos “significativamente”.
“Sendo assim, a instalação do alambrado é considerada uma medida a longo prazo e, por isso, a pasta está acompanhando e avaliando a necessidade e o melhor momento para a execução desse serviço.”
Faixa da Avenida Jaime Pereira interditada após queda de pedra em Piracicaba
Edijan Del Santo/EPTV
Histórico de deslizamentos
A região do Bongue tem histórico de deslizamentos. A pedreira é um ponto bem conhecido em Piracicaba, principalmente pelo paredão, que chama a atenção pela beleza. Mas, principalmente no período chuvoso, há registros em diferentes anos de deslizamentos no local. O risco para quem passa ou trabalha na região ocorre porque a pedreira fica bem ao lado da via, que é movimentada.
Em dezembro de 2022, a estrada chegou a ser totalmente interditada preventivamente, após uma análise do local que apontava risco de queda de pedras. Em abril o trecho foi liberado parcialmente depois das intervenções.
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