Multas de trânsito por excesso de velocidade sobem 26% em Piracicaba; média é de 88 por dia

Metrópole registrou 10.541 infrações desse tipo entre janeiro e abril deste ano, ante 8.342 no mesmo período de 2022. Observador cita distração pelo uso do celular ao volante como motivo. Fiscal de trânsito em Piracicaba
Divulgação/Prefeitura Municipal de Piracicaba
Subiu 26,3% o número de multas de trânsito por excesso de velocidade em Piracicaba (SP) no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O comparativo foi realizado pela prefeitura a pedido do g1.
De acordo com o balanço, entre 1º de janeiro e 30 de abril de 2022, a metrópole registrou 8.342 multas por transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%. Já nos quatro primeiros meses de 2023, o total foi de 10.541.
Ou seja, neste ano, a média de infrações por excesso de velocidade em Piracicaba é de 88 por dia.
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Outro tipo de ocorrência que teve alta na cidade no período foi a de transitar em local ou horário não permitido. Nesse caso, o número saltou de 2.305 para 3.016, incremento de 30,8%.
Por outro lado, multas por avançar o sinal vermelho e por falta do uso do cinto de segurança tiveram reduções na comparação entre os meses de abril de 2022 e de 2023. Veja os detalhes na tabela:
Multas de trânsito em Piracicaba
Distração como motivo
Especialista em trânsito, o observador certificado Marcos Oriqui credita o aumento de multas por velocidade superior à máxima permitida em até 20% à distração, motivada, principalmente, pelo uso do celular ao volante.
“O fator que a gente tem percebido é o uso de celular. O pessoal está distraído e não vê a regra. Dentro de cidades, as velocidades oscilam bastante, porque depende do risco de cada localidade, você não pode padronizar. A velocidade varia o tempo todo, daí, se você está distraído com alguma coisa, você não vê placa. Aumentou bastante [o nº de multas] porque aumentou bastante o uso do celular”, diz.
Na visão de Oriqui, conter esse tipo de infração passa por intensificar as fiscalizações.
“Para mim, a solução é uma só: fiscalização, é descer a caneta, sem dó. Porque não tem jeito, não pode. Não precisa fazer [a multa] quando o carro está em movimento, porque fica difícil, é quando o carro está parado no semáforo mesmo. Não pode. É divulgar isso. Não pode pegar o celular. Não vejo outra solução, porque, como eles vão colocando cada vez mais funcionalidades, a gente vai ficando cada vez mais dependente do celular”, complementa.
O que diz a prefeitura?
O g1 perguntou à prefeitura quais eventuais medidas podem ser tomadas diante do aumento do número de multas, mas não obteve retorno.
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