Número de partos de adolescentes cai 28% em cinco anos em Piracicaba, aponta Saúde


Número em relação ao total de partos realizados na cidade também caiu, conforme os dados. Gravidez na adolescência
Reprodução/Bom Dia Brasil
A quantidade de adolescentes que tiveram bebês em Piracicaba (SP) caiu 28% em cinco anos, conforme dados da Secretaria de Saúde. O número em relação ao total de partos realizados na cidade também reduziu.
Conforme levantamento da pasta a pedido do g1, em 2018 foram 504 partos em meninas com idades entre 12 e 19 anos. O número foi caindo gradativamente e, em 2022, foram 362 ao todo.
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Se observado o número de partos adolescentes em relação ao total, o percentual também caiu. Em 2018 quase 10% dos partos realizados na cidade foram de garotas entre 12 e 19 anos. Já em 2022, o percentual caiu para 6,7%. Veja no gráfico:
Quantidade de partos adolescentes em relação ao total de partos em Piracicaba
O total de partos na cidade aumentou 15% em 2022, comparando com 2021, mas a quantidade de adolescentes que tiveram bebê seguiu a tendência de queda que vinha mostrando nos últimos anos.
Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determine que a adolescência vá dos 12 aos 17 anos, a Secretaria de Saúde de Piracicaba contabiliza os dados de gravidez na adolescência até os 19 anos.
Idade
Os dados da prefeitura mostram também que a maioria dos casos de gravidez precoce ocorre com 17, 18 e 19 anos.
Nos últimos cinco anos houve um único caso de parto de adolescente de 12 anos, em 2018. Outros 15 foram de meninas de 13 anos. No caso das meninas de 14 a 16 anos, os números mostram uma leve queda entre 2018 e 2022. Veja na tabela:

Dados positivos
Segundo Rogério Tuon, pediatra e coordenador do Pacto pela Redução da Mortalidade Materno-Infantil de Piracicaba, os dados mostram um cenário positivo, com a queda nos indicadores de gravidez na adolescência.
“Nossos indicadores, nos últimos anos, estão abaixo dos do Estado, que mostra o caminho certo das ações realizadas pelo poder público junto à população.”
A prefeitura informou que o Programa Saúde na Escola busca ampliar o acesso dos profissionais nas unidades escolares, para poder ofertar ações direcionadas a crianças e adolescentes sobre vários assuntos, entre eles infecções sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência, gravidez indesejada e o “valor da vida”.
“É importante lembrar que este indicador também reflete a maior cobertura médica nesta faixa etária por meio da atenção primária, com priorização no atendimento/acolhimento deste público, além da forma facilitada de acesso a diversos métodos contraceptivos diretamente na unidade, sem precisar passar por uma consulta ou atendimento médico”, completou Rogério.
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