Piracicaba registra primeira morte por dengue em 2023


Paciente é uma idosa cujo óbito ocorreu em abril, mas teve a causa confirmada nesta quarta-feira (3). Cidade registra média de sete pessoas diagnosticadas com a doença por dia. Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Divulgação/SES
O Departamento de Vigilância Epidemiológica (VE) de Piracicaba (SP) informou na noite desta quarta-feira (3) que registrou a primeira morte por dengue em 2023. O óbito ocorreu no mês de abril e a paciente é uma mulher com faixa etária de 70 a 79 anos.
A confirmação de que a causa foi dengue ocorreu nesta quarta. A última morte pela doença havia sido registrado em julho de 2022.
De acordo levantamento divulgado pela VE, durante todo o ano de 2021 foram registrados 5.356 casos de dengue e um óbito, enquanto que em 2022 foram 1.443 casos da doença e, também, uma morte. De 1º de janeiro a 25 de abril deste ano foram confirmados 817 casos da doença. Isso quer dizer que, em 2023, em média, sete moradores contraíram a doença por dia na cidade.
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Segundo a prefeitura, em 2022, as equipes do equipes do Plano Municipal de Combate ao Aedes (PMCA), ligado ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), visitaram mais de 150 bairros e recolheram mais de 200 toneladas de inservíveis que poderiam ser um criadouro do mosquito Aedes.
De acordo com Matheus Santos, coordenador do CCZ, o trabalho de rotina inclui ainda fiscalização casa a casa, nos comércios e indústrias, atendendo as denúncias recebidas via SIP156. Ainda segundo Santos, uma nova estratégia de atuação será traçada para intensificar ainda mais o combate ao mosquito.
“Vamos seguir com nosso intenso trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue”, garantiu o secretário de Saúde, Filemon Silvano, em nota.
Nebulização contra a dengue em Piracicaba
Reprodução/EPTV
Aumento de casos
De acordo com o levantamento da Secretaria de Saúde, o total de casos já contabilizados nos quatro primeiros meses de 2023 representa um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram 705 infecções. Em ambos os recortes, não houve mortes.
Apesar da alta, a situação encontra-se bem mais sob controle do que em 2021, época em que a cidade teve uma explosão de casos e entrou em epidemia. Somente de janeiro a abril daquele ano, houve 3.869 diagnósticos positivos.
Medidas de prevenção
A secretaria também reforçou o pedido para que a população adote medidas de prevenção contra o mosquito, principalmente até o fim de maio, mês que ainda está dentro do período considerado mais crítico da doença.
Veja algumas das orientações:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
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