Técnico de enfermagem é a 2ª ocupação com mais acidentes de trabalho na última década em Piracicaba e Limeira

Balanço entre 2012 e 2022 é do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Técnico pontua os tipos mais comuns de acidentes, e procurador alerta para subnotificação de casos. Dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho apontam que a ocupação de técnico de enfermagem foi a segunda com mais casos de acidentes entre 2012 e 2022 em Piracicaba (SP) e Limeira (SP).
Segundo os números compilados pela EPTV, afiliada da TV Globo, nesse período em Piracicaba houve 1.121 notificações de acidentes envolvendo técnicos de enfermagem, o que corresponde a 3% do total de casos de todas as ocupações.
Já em Limeira, foram 752 ocorrências com técnicos de enfermagem, 4% do total.
Piracicaba
Técnico de enfermagem – 1.121 notificações (3% do total)
Limeira
Técnico de enfermagem – 752 notificações (4% do total)
Em relação ao ambiente hospitalar como um todo, o índice de acidentes de trabalho alcança 7% da totalidade de registros de todas as áreas em Piracicaba e 9%, em Limeira.
Piracicaba – 2.480 acidentes em ambiente hospitalar (7% do total de outras áreas)
Limeira – 1.755 acidentes em ambiente hospitalar (9% do total de outras áreas)
LEIA TAMBÉM
Piracicaba fica em 8º lugar em ranking de cidades com mais acidentes de trabalho; número de mortes aumenta 44,4% em 3 anos
Quais são os tipos de acidentes?
Técnico em segurança do trabalho, Anderson Luis de Oliveira cita que um dos tipos mais comuns de acidentes é o de perfuração com agulha. Mas ele pontua outros.
“A gente tem os riscos químicos em que as pessoas trabalham com gases medicinais, um possível risco físico por radiação, trabalha com raio-x, psicossocial e ergonomia também são riscos que acontecem muito, já presenciei uma pessoa que teve lombalgia na hora de carregar um paciente ou transferir ele de leito”, explica.
Entre os tipos mais comuns de acidentes de trabalho envolvendo técnicos de enfermagem é o de perfuração com agulha
Reprodução/EPTV
Subnotificação de casos
Apesar dos números, Paulo Crestana, procurador do trabalho, alerta para a subnotificação de casos, o que, segundo ele, ocorre até mesmo de propósito para ocultar eventuais falhas de segurança.
“Em vários setores, existe o problema de acontecer o acidente e, por algum motivo, o empregador não querer comunicar que aconteceu o acidente, porque isso, de certa forma, é o reconhecimento de que houve uma falha na administração da saúde no ambiente de trabalho”, destaca.
VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região
Veja mais notícias no g1 Piracicaba