Invasão de quatis atrás de comida em lixeiras chama atenção em Santa Bárbara d’Oeste

Veterinário alerta que tentar a aproximação ou ofertar comida oferece riscos, uma vez que o quati é um animal silvestre e pode morder. Quatis atacam lixeiras em busca de alimentos em Santa Bárbara d’Oeste
Quem trabalha ou passa pelo Distrito Industrial 2, em Santa Bárbara d’Oeste (SP), se acostumou a ver um grupo de quatis atacando lixeiras das empresas. Em busca de alimentos, os animais reviram os sacos de lixo e acabam espalhando material orgânico nas calçadas e ruas.
A situação faz com que algumas pessoas até busquem contato com os animais, com a oferta de alimentos, mas a prática não é a recomendada, explica o veterinário Breno Martins Jancowski.
“Os quatis são animais silvestres. Pode ser muito bonito, fofinho, mas mesmo que dê alimento que ele pode comer, como banana ou maça, ele pode morder. E mordida de quati é algo sério”, diz.
Segundo o veterinário, o quati é um animal comum em toda a América do Sul e que vive em bando, tem hábitos diurnos, mas com cada vez menos fragmentos de mata, eles circulam pela cidade.
“Uma vez que encontra lixo, comida, ele se acostuma com aquilo. E isso não é o ideal, ele pode ingerir coisas que não deve. A recomendação seria evitar o acesso dele a esse lixo. Se não conseguir uma, duas vezes, ele tende a parar de ir”, orienta Jancowski.
Quatis invadem lixeiras em distrito industrial de Santa Bárbara d’Oeste (SP) atrás de cominda
Reprodução/EPTV
Procurada para comentar a invasão dos quatis atrás de comida nas lixeiras, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste disse que a coleta de lixo no Distrito Industrial 2 acontece normalmente às terças, quintas e sábados, e que orienta que os lixos sejam colocados em locais que não fiquem soltos ou espalhados.
A administração disse que essa região da cidade fica perto de uma área de preservação permanente (APP), e que o manejo dos quatis precisa ser aprovado pelo Estado, por serem animais silvestres.
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